domingo, 24 de janeiro de 2016

Figure 8 Pool can be a nightmare instead of a breathtaking view

Today I´m glad to be still alive by the mercy of God. With a couple of friends, our goal is to find the Figure 8 Pool in the Royal National Park, the new spot that has dramatic increase the visitation in the last month after social media @figure8pools. What we were looking is something like this but what we´ve found was a huge wave that we couldn´t run away from it winched us from the rocks. Four people was rescued by helicopter (today in the News) and the major hurts themselves with cuts and lacerations.



What I felt more surprised is the number of Lifesavers whom were there after that accident, offering help to everybody even if it was a small cut. They were also showing us where the ambulance would be, a really impressive service for the Australian society that embarrassed me for sure.  

My objective with this post is to warn and alert people about the other side of Figure 8 Pool for everyone to make their own decision about what they want to see on their own risk.

To start with who is writing this post.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Chapada Diamantina – O que fazer na região

Chapada Diamantina – O que fazer na região
Faz literalmente 2 anos que fui pra Chapada Diamantina e só agora, motivado pela minha amiga Gisele que está indo pra lá, resolvi escrever sobre este lugar mágico que está entre os meus Top 5. Top 5 por ser o superlativo brasileiro e ter tudo em um só local: cachoeiras, deserto, cavernas, cidades fantasma, cemitério bizantino, pedra preciosa, caatinga, serrado, mata atlântica, frio, calor... e a cada hora uma nova descoberta na região.

Bem... começando pelo cartão postal da Chapada, a Cachoeira da Fumaça.

Cachoeira da Fumaça, Cachoeira do Riachinho (12km)
Vista da Cachoeira da Fumaça
Sem dúvidas o melhor mirante do local. O cânion de 400m de altura tem a maior cachoeira do Brasil em queda livre. E essa é a razão da água virar fumacinha que sobe em direção ao céu.  Depois da trilha, parada para banho na Cachoeira do Riachinho.
Tips: Comer o pastel de jaca na volta da trilha no Vale do Capão (parece palmito pois é feita com a casca da jaca e não a parte gosmenta)  

Capão
Se existe algum lugar zen é o Capão. A moda local é hippie (mas não é barato, viu?) e a proposta é vender água de coco ou correntinha na rua (brincadeira). Lá rola uns mega papo cabeça que não é conversa pra boi dormir, mas não vou nem entrar em discussão aqui, pois não é a proposta.

Tips:
Pizzaria Integral Capão Grande
-Pizzaria Integral Capão Grande do Suíço. Restaurante mega sustentável, tem apenas 2 opções de pizza sendo ambas integral e vegetariana: uma doce e a outra salgada e não se fala mais nisso. O único açúcar por lá é o mel e tudo é orgânico, até a parede haha. O lugar é super descolado: teto de palha, mesa de pedra, garrafas de cerveja usados como tijolo, água no filtro São João, trinco da porta de cano PVC, etc. Não tem talheres (pra quê, né gente?) e tem um mel delicioso com pimenta pra colocar na pizza ao invés de catchup. Adooooorei.

Vale do Capão ao Vale do Pati (14km)
Casa dos Nativos
Essa é a trilha. O Vale do Pati é a maratona do esportista que tinha como meta percorrer e foi quase isso que encarei o percurso com minha cunhada corredora.  A vista do Vale do Capão, Serra da Lapinha, morro do Pati, planalto gerais do Vieira, do Rio Preto e afins é algo fenomenal. O Pati tem desníveis íngremes sobre pedras soltas, leito do rio, exposição a altura e o único meio de transporte é a mula. Não pega celular, telefone, hotel, hospital, não tem água quente, e mal e mal um pouquinho de energia vinda de poucas placas de luz solar.

O lance é ficar na casa dos nativos, últimas famílias remanescentes da plantação de café, antes do Parque Nacional. A comida é maravilhosa, super caseira e com uma pitada de Chapada - mamão verde, cactos, aipim, etc. O que não tem lá tem que ser trazido pela coitada da mula.
Tips: Largar tudo e sair gritando e cantando no planalto geral do Vieira, igual a Noviça Rebelde.

Vale do Pati: Gruta do Castelo e Cachoeira dos Funis (12km)
Entrada da Gruta do Castelo
Subida em uma baita serra da Lapinha com destino a Gruta enorme de quartzito. Nessa trilha o exercício não é apenas squat mas os membros superiores se agarrando nas árvores tipo Koala. A trilha me lembrou o Morro do Baú em Gaspar/SC, a mais difícil em toda a mi há vida, feita com meu pai e o Quintani. Não sei se os dois se lembram mas tiveram que me empurrar pra cima em grande parte desta trilha.

Foi muito esforço pra nem ver a casa de kryptonita do Super Homem. O quartzito é um pó branco que brilha um pouquinho mas sem um “wow factor”. Final da trilha, um mergulho rejuvenescedor na Cachoeira dos Funis.
Tips:
-Deitar na pedra no Final da Gruta do Castelo e olhar pra cima vendo os pingos de água caírem de forma desorganizada por causa do vento e voarem como mosquitos pelo ar pelo Vale do Rio Pati.
-Mentalizar de que não existe cobra pois se bobear, pegará nela achando que é mais um galho de árvore. By the way, bota é super recomendado, pois 90% das tentativas de mordidas de cobras são até a canela das pernas. E se for picado, só uma mula pra te tirar de lá literalmente.

Cachoeirão por Cima (18km)
O nosso guia - em direção ao Vale do Pati
Vista de cima do Cachoeirão, foi o meu trecho preferido do Pati (acho que porque era plano haha). É uma cachoeira num cânion com várias quedas (quase 20) sendo a maior de 300m. Recomendo pra quem quer vencer o me do de altura (é verdade que quem tem medo de altura é porque quando vê altura quer se jogar?).

Do Vale do Pati ao Guiné (15km)
Cemitério Gótico Bizantino - Igatu
Caminhada atravessando os Gerais do Rio Preto terminando a expedição com uma vista da Serra do Esbarrancado no povoado do Guiné. Dormimos em Mucugê, uma das cidades mais antigas da Chapada, têm uns casarões antigos de estilo Português e um cemitério Santa Isabel, estilo gótico bizantino, encravado no pé de serra que merece e muito a visita.

Cachoeira do Buracão – Igatu (6km)
O nado até o Buracão
Meu Deus o que é essa cachoeira. Não sei se algum dia vou ver algo que se compare com essa, e olha que já estou meio rodada, viu? Não falo da cachoeira em si, mas o jeito que se chega e o desconhecido se aproximando a cada metro. Pra começar, se atravessa a mata atlântica, cerrado, caatinga, o escambau, pula-se a ponte e nada-se em um rio estreito cercado por uma parede de pedras em camadas.  

Em direção ao arco-íris 360 graus
Mas no final como recompensa, realizei vários desejos neste lugar: descobri que arco-íris pode ser de 360 graus e eu ainda posso estar no meio! (fique em baixo da cachoeira às 12h e vc tb o verá), pulei daquelas pedras igual canguru,  fiz massagem no dedão do pé até o cabelo (na Cachoeira das Orquídeas e também hidromassagem na super banheira natural. Gente, pra que eu preciso de mais? Comer um boi inteiro depois do passeio, lógico.
Massagem relaxante na Cachoeira das Orquídeas
Hidromassagem natural
      















Igatu, Poço Encantado e Poço Azul
Poço Encantado
Igatu: vila com menos de 400 habitantes, com as casas feitas de blocos de rocha do garimpo de diamante. Alguns chamam inclusive de Machu Pichu baiano. A vila também foi tombada pelo patrimônio histórico e artístico brasileiro, dando um ar bucólico e pacato na a região.
Tips: se hospedar na pousada em Igatu – Flor de Açucena. É quase como uma programação a parte de tão integrada com a natureza e aconchegante aquele lugar. Tirei foto de cada quina do lugar.

Poço Encantado: um grande espelho mágico é a imensa piscina natural de água azul turquesa com 60 metros de profundidade, dentro de uma gruta de calcário. Dá medo só de ver de tão cristalino e inacreditável, pois não dá pra saber onde começa a água e onde termina sendo que é possível ver até a pedrinha que fica a 60m de profundidade. Um raio de sol cruza o poço até o fundo através de uma entrada de luz criando um espectro maravilhoso principalmente entre os meses de abril e setembro. 

Poço Azul
Poço Azul: um luxo só onde ainda se pode fazer flutuação no interior da gruta. Também de águas cristalinas, a profundidade é de 20 metros e dá pra observar as formações rochosas e alguns seres vivos, tipo camarão.
Tips:
-Ir depois das 14h pra ver a incidência da luz solar no poço azul.
-Não fazer xixi no poço haha.

Gruta da Lapa Doce, Gruta Azul, Gruta da Pratinha, Rio Pratinho, Pai Inácio (5km)
Iraquara é famosa por seu subsolo de rochas calcárias que permitiram a formação de grutas e cavernas com formações rochosas raríssimas. O passeio deste dia foi 5 em um.

Gruta da Lapa Doce: complexo de caverna com 20km mapeados mas apenas 850m pra visitação. Pra quem gosta de caverna irá adorar esse lugar.

Gruta Azul: logo translucido que ganha tons azulados entre 14h e 15h (abril a setembro). Ela é fechada pra mergulho mas a gruta da pratinha é aberta, que fica no mesmo complexo.

Gruta da Pratinha
Gruta da Pratinha: dá pra fazer flutuação na parte interna da gruta, em um túnel escuro  com saída para um lago com águas cristalinas mais parecido com praia. Tem uma tirolesa de 85m no local e passeios de caiaque pra quem estiver afim.

Morro do Pai Inácio
Pai Inácio: Atrativo mais clássico da chapada e garantia de likes no Facebook. São mais de 1000 metros de altura, com 360 graus de uma vista surreal. E a trilha nem é difícil, viu? Não faz nem cócegas na trilha do Pati.





Lençóis - Parque de Muritiba – Cachoeirinha da Primavera

Eu e a Jaca
Lençóis é uma cidade turística, tombada pelo Instituto do Patrimonio Artistico Nacional, já reinou e muito o coronelismo na época do garimpo de diamantes no século 19.
Tip:
-Jantar a luz de velas na rua de paralelepípedo. Um charme.
-Em Lençóis fiquei no Espaço Luz Diamantina, uma pousada onde o casal também faz guia pararapel e escalagem.

Parque de Muritiba – Cachoeira da Primaveira: uma opção perto da cidade pra fazer em 3 horinhas de passeio.

Cachoeira do Sossego (14km)
Cachoeira do Sossego
Caminhada seguindo o leito do Rio Ribeirão até a Cachoeira do Sossego. Na volta, parada pra banho no Ribeirão de cima e do meio, conhecido pelo escorrega natural que termina no poço.

Cachoeira do Mosquito e Poço do Diabo (6km)
Cachoeira do Mosquito
Mais uma cachoeira linda com piscinas ao redor e banhos em cima e embaixo da cachoeira.

Última tip da Chapada Diamantina: todos os passeios que fiz foi através de uma agência local, Nas Alturas. Recomendo pela organização, tranquilidade, economia de tempo e pelo conforto já que muitos locais não são tão habitáveis assim.

Ao total foram mais de 100km bem caminhados nos 12 dias que passei por lá. Vi bastante coisa mas também faltou muita coisa pra ver como: Mini pantanal do Marimbus, Cachoeira do Calixto, Poço da Prefeitura, Cachoeirão por Baixo, Andaraí, Cozinha Aberta (2 irmãos), Poço do Diabo, Estrada do Garimpo (bike), Cachoeira Encantada e o que forem descobrindo durante a vida e quiserem compartilhar conosco.

. E se eu tivesse que eleger o Oscar da Chapada seria:

-Melhor cachoeira: Buracão


-Melhor sobremesa: geladinho de mangaba em Lençóis


-Pousada mais criativa e sustentável: Flor de Açucena – Igatú

-Melhor restaurante: Pizzaria Integral Capão Grande


-Melhor mirante: Morro do Pai Inácio empatado com Cachoeira da Fumaça (sorry, fiquei indecisa)




















-Banho mais louco: poço encantado


-Maior quebra de paradigma: estar dentro de um arco-iris 360 graus.

-Obs: baseado estritamente na opinião pessoal de quem viu apenas parte da região.
.
Dedico este post a Wanessa, minha cunhada, que fez a viagem ser mais rápida, intensa e divertida, compartilhando a dor e as alegrias, e a Gisele, amiga querida que acompanhou este processo de aventuranças pela vida. Gisele, você vai chapar na Chapada!